domingo, 10 de junho de 2007

 

Ricardo Afonso: no time de Jesus

Aos 12 anos, Ricardo Afonso já era uma promessa do futebol. Com 18 anos, o que todos já esperavam, diante dos dribles espetaculares do garoto, aconteceu: Ricardo foi escolhido para jogar na seleção do seu país, Guiné-Bissau, na África ocidental. Tornou-se o camisa 10 da seleção juvenil. Além de treinar, Mabola, como ficou conhecido por causa de um grande jogador de futebol africano, assistia a vídeos com os melhores lances de craques como Romário e Maradona. Esforçado e talentoso, Ricardo enfrentou outro desafio, reservado apenas para os melhores esportistas: ser escolhido para jogar em um time europeu.

Enquanto os treinadores estavam fazendo sua escolha, Ricardo prosseguia com suas atividades normais, entre elas ir a uma igreja evangélica. Apesar do sucesso e da expectativa, Ricardo sentia um vazio no coração. Decidiu então que por uma semana ficaria em jejum e oração, pedindo a Deus que lhe mostrasse a Sua igreja. No final daquela semana, um vizinho o convidou para ir no sábado à Igreja Adventista do Sétimo Dia. “Aceitei. Tudo que falavam, eu anotava. E procurava na Bíblia, estava tudo lá.” Sua determinação e sinceridade o levaram a grandes descobertas. Ao abrir sua Bíblia, leu a passagem de Mateus 5: 17: “Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.”

Ricardo percebeu a importância de aceitar a graça de Cristo e também seus ensinamentos: guardar a lei, seguir os Dez Mandamentos. Diante da descoberta, procurou o pastor da sua igreja e falou sobre o quarto mandamento, sobre a guarda do sábado. Estava muito claro que Deus não tinha abolido a lei, o Novo Testamento comprovava. O pastor apenas disse: “Não tenho nada para lhe falar: faça a sua escolha.”
Mas antes da escolha, Ricardo descobriu que dos 50 selecionados para concorrer a uma vaga em um time europeu, apenas cinco foram escolhidos. Ricardo estava entre eles. O time português Benfica o queria para titular, com um salário mensal de 40 mil reais, de início.

“Levei duas semanas para tomar minha decisão”, conta. A família, a namorada, os amigos o pressionavam para aceitar a proposta. Ricardo conversou com o pastor Davi Tavares, um brasileiro que dirigia a obra adventista no país. “Sabia que se aceitasse, não poderia guardar mais o sábado como Deus pede. Teria de treinar e jogar aos sábados.” Ricardo decidiu: seguiria a Cristo. A namorada o deixou, perdeu amigos, a família o abandonou. “Deixei a fama, o dinheiro e tudo que me ofereciam.”

Mas a história não acaba por aí. Ricardo virou um missionário voluntário em seu país e levou 100 pessoas para o amor de Cristo e sua lei. Foi para Senegal, onde a religião oficial é muçulmana, e as religiões cristãs atuam na clandestinidade. Ali, encontrou uma Igreja Adventista com apenas sete membros. O desafio era grande. Ricardo não pensou duas vezes, fez a única coisa que poderia ajudá-lo em sua missão de evangelizar: orou e jejuou por uma semana. Quanto mais oração, mais poder, logo pôde comprovar.

Certo dia, quando passava por uma rua, uma bola correu até os seus pés. Ricardo a devolveu aos jovens que jogavam uma partida. Fez mais. Ofereceu apoio ao time de poucos recursos, mas em troca fez uma proposta: “Vocês precisam participar de uma ‘organização’, cujo líder é um brasileiro, o pastor Davi Tavares.” A Igreja Adventista apoiou o time e os garotos começaram a aprender do amor de Deus. Dos 20, 17 foram batizados.

Hoje, o missionário Ricardo, o Mabola de Cristo, estuda no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp, campus Engenheiro Coelho). Quando chegou e até recentemente, em troca dos estudos trabalhou na construção pesada. Não foi fácil. Mas Deus já tinha outros planos. Durante um culto, um empresário adventista ofereceu uma bolsa de estudos completa para o aluno que respondesse qual era a capital de Camarões. Ele ganhou a bolsa. Essa história está apenas começando. Ao lado de Cristo, as histórias são mesmo surpreendentes.

Comentários:
O que o Ricardo falo no Adolecamp fez pensar que preciso mudar minha vida! Gostei pra caramba
 
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